Ainda que Elon Musk sonhe com a vida multiplanetária, os trabalhadores da Starbase têm enfrentado um custo alto para tornar esse sonho realidade. De acordo com relatórios de segurança do trabalho analisados pelo TechCrunch, os funcionários da base da SpaceX em Texas são mais propensos a sofrer acidentes em comparação a outros sites da empresa e até mesmo a seus concorrentes diretos.
Dados da Occupational Safety and Health Administration (OSHA) revelam que, em 2024, a taxa de acidentes em Starbase foi quase seis vezes superior à média de fabricantes de veículos espaciais e quase três vezes maior do que a indústria aeroespacial como um todo. Essa taxa alarmante já persiste desde 2019, ano em que a SpaceX começou a compartilhar dados de segurança com o governo federal.
Enquanto a empresa correra para lançar satélites Starlink e outros cargas, os acidentes na base incluem amputações parciais e até um colapso de uma grua em 2025. Apesar das melhorias na taxa de acidentes em relação aos anos anteriores (de 5,9 para 4,27), a situação ainda é pior do que a dos outros sites da SpaceX.
É interessante notar que, enquanto a indústria espacial registra uma queda significativa na taxa de acidentes desde 1994, Starbase parece ter se fixado nos padrões de segurança de décadas atrás. Enquanto isso, a NASA continua a confiar na SpaceX para levar humanos à Lua, com contrato bilionário em jogo.
Esses números trazem à tona uma reflexão: quão caro é o progresso? E, mais importante, como podemos medi-lo não apenas em termos de conquistas tecnológicas, mas também no preço pago pelas pessoas que tornam essas façanhas possíveis.
