Em plena era digital, a cidade de Birmingham descobriu que o progresso有时não é sinônimo de sucesso. A tentativa mais recente da maior autoridade local da Europa de implementar um sistema financeiro e de recursos humanos da Oracle segue ameaçada, apenas noito meses antes do previsto para seu lançamento. E é como se estivéssemos diante de uma tragédia grega moderna: erros, pressão por resultados e milhões em gastos que não dão retorno.
Uma viagem no tempo: Há sete anos, o Conselho Municipal de Birmingham mirava o horizonte tecnológico com optimismo. Queria abandonar seu sistema SAP envelhecido em favor do Oracle Fusion. O orçamento inicial era modesto: £20 milhões para implementar o sistema e até integrá-lo com as escolas da cidade.
Mas a realidade foi bem mais dura. Em abril de 2022, o sistema entrou em operação com consequências desastrosas. Erros nas transações financeiras começaram a aparecer logo de cara, e até o outono de 2023, a cidade quase quebrava, em parte devido à nova tecnologia que prometia tanto.
Agora, diante do fracasso, o conselho se prepara para um novo investimento: £131 milhões já foram aprovados para tentar reimplementar o Oracle Fusion até abril de 2026. E, enquanto isso, os problemas persistentem.
Quem errou? A investigação aponta falta de expertise interna, governança precária e controles de risco deficientes. Enquanto o projeto tenta se reerguer, a pressão por resultados é intensificada: Oracle Consulting, funcionários do conselho e contratados terceirizados buscam implementar o sistema, ao mesmo tempo em que lidam com mudanças organizacionais significativas.
Os riscos ainda estão presentes. Ainda que a confiança na entrega do projeto tenha sido classificada como 'Amber-Red' (uma espécie de alerta duplo), a equipe do conselho parece mais preocupada em administrar os problemas do que resolvê-los definitivamente.
Para onde vamos? Enquanto isso, Birmingham se pergunta: será que a tecnologia é amiga ou inimiga? E o dinheiro público, tão bem gasto assim?
