Em uma notícia que transcende o simples relato de dados, o Brasil fecha um ciclo histórico ao sair do Mapa da Fome da Organização das Nações Unidas (ONU). A redução significativa do percentual de pessoas em situação de fome, agora abaixo de 2,5%, é fruto de políticas públicas que refletem uma mudança de mindset na abordagem ao problema social.
Para muitos, a luta contra a fome era algo inatingível, algo associado a crises e desastres naturais. No entanto, o Brasil prova que a determinação política e a implementação consistente de programas sociais podem transformar realidades. O Plano Brasil Sem Fome, lançado em 2023, é a materialização dessa visão, mesclando incentivos à agricultura familiar com programas de transferência de renda.
É importante notar que essa conquista não ocorre em vacío. Ela se inscreve num contexto maior de复苏 de programas sociais, após anos de desmonte e fragilização do estado social. A rescisão com o passado recente, marcado pelo aumento da desigualdade e pela redução de ações governamentais voltadas para a população mais vulnerável, torna ainda mais significativa essa virada.
No entanto, o otimismo deve ser moderado. Ainda existem 8,4 milhões de brasileiros em situação de insegurança alimentar. O desafio agora é manter esses indicadores e expandir a proteção social para outros setores. Assim como no futebol, a meta é chegar, mas o caminho para lá é longo e exige constância.
Essa notícia não é só uma vitória do governo Lula, mas de um país que, em pleno século XXI, ainda luta contra desafios ancestrais. É a prova de que as políticas públicas bem estruturadas podem mudar o curso da história, e que a fome não é inevitável.