A Polícia Civil do Paraná desencadeou uma operação que promete mexer com os círculos mais obscuros da administração pública de Curitiba. Em ação batizada como Operação Roçada II, agentes prenderam três pessoas e desmontaram um esquema que teria fraudado contratos da Prefeitura municipal, causando um rombo de mais de R$226 milhões.
As investigações revelam que o grupo, já alvo de uma operação anterior em 2020, recorreu a um velho truque: a criação de empresas em nome de 'laranjas', ou seja, pessoas inocentes que servem como figuras públicas para mascarar as verdadeiras fraudes. Essas empresas teriam firmado contratos desde 2022, com serviços de manejo arbóreo e roçada urbana, atividades que,IRONICAMENTE, parecem mais fantasiosas do que a própria trama.
Os pagamentos já efetuados ultrapassam R$189 milhões, dinheiro público que desapareceu sem deixar rastro. Em nota, o prefeito Eduardo Pimentel, do PSD, afirmou ter determinado o afastamento imediato de um servidor investigado e aberto procedimentos na Corregedoria-Geral do município. O nome da vítima, é claro, não foi divulgado.
A Justiça bloqueou bens e valores na ordem de R$12,4 milhões, além de proibir que os envolvidos continuem a contratar com a administração pública. Material apreendido será analisado para subsidiar novas fases da investigação.