Zanatta rebate Janones: 'Estou em licença-maternidade, não pisaria em Brasília'

A deputada federal Júlia Zanatta (PL-SC) rebateu duramente o colega de parlamento André Janones (Avante-MG), que havia acusado a congressista de supostamente distribuir panfletos pró-Donald Trump e pró-tarifaço na sede do PL, em Brasília. Em contato com a coluna, Zanatta não deixou margem para dúvidas: 'Janones mente e dissimula. Não pisei em Brasília este ano, pois estou em licença-maternidade, com a minha bebê, em casa'.

Essa não é apenas uma discussão entre parlamentares. Trata-se de um jogo de espelhos na política brasileira, onde acusações e contracenas se entrelaçam em busca de ganhos políticos. Enquanto Janones aponta o dedo para Zanatta, outros movimentos não param de chacoalhar a Câmara dos Deputados. Recentemente, Filipe Barros, presidente da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional, foi incluído por Alexandre de Moraes em um inquérito que mira a atuação de parlamentares bolsonaristas nos Estados Unidos.

Mais do que uma simples disputa partidária, o caso reflete a tensão entre governança e oposição, em um momento em que o governo Lula enfrenta desafios internacionais e domésticos. Enquanto isso, Janones parece mais interessado em construir uma narrativa que ligue parlamentares de oposição a Trump e às tarifas impostas pelos EUA. No entanto, Zanatta, ao assumir publicamente seu status materno, traz à tona um tema que transcende o debate político: a necessidade de compreensão e respeito pelas circunstâncias pessoais das mulheres na política.

Afinal, em um país ainda marcado por desigualdades, a licença-maternidade é não apenas um direito, mas uma prova de humanização do sistema político. Enquanto os olhos estão voltados para Brasília, é importante lembrar que mulheres como Júlia Zanatta continuam a desafiar estereótipos e provando que maternidade e carreira política não são incompatíveis.