Cova Própria: Refém israelense cavou sua sepultura em vídeo do Hamas

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Evyatar David, um jovem israelense de 22 anos, está em uma situação digna de filme de horror. Em um vídeo divulgado pelo grupo terrorista Hamas, ele aparece cavando o que afirma ser sua própria sepultura em um túnel na Faixa de Gaza.

Visivelmente enfraquecido, David relata estar há dias sem comer e enfrentando condições extremas de fome e sede. Sua voz fraca ecoa no vídeo, onde ele mostra um calendário improvisado com datas marcadas apenas nas ocasiões em que recebeu alimentos – o que, infelizmente, não é muito frequente.

David, que foi capturado durante o festival de música Nova em Re’im, sul de Israel, afirma se alimentar apenas de lentilhas e feijões. Em um momento doloroso, ele pede ajuda ao primeiro-ministro Benjamin Netanyahu: "Fui completamente abandonado por você."

A família de David autorizou a divulgação do vídeo, e a irmã Yaelah descreveu a situação como "um milhão de socos no coração". Ela comparou o Hamas ao Estado Islâmico, mas destacou que ele é "muito pior", pois está matando de fome não apenas os reféns, mas também a população local.

Enquanto isso, o chefe do Exército israelense, general Eyal Zamir, declarou que os combates continuarão "sem trégua" até que todos os reféns sejam libertados. Até agora, 49 pessoas ainda estão desaparecidas, e 27 já foram confirmadas como mortas.

A ofensiva militar de Israel na Faixa de Gaza já causou mais de 60 mil mortes locais, segundo o Ministério da Saúde controlado pelo Hamas. Os números são considerados confiáveis pela ONU. Enquanto isso, os protestos e as reuniões internacionais para buscar uma solução continuam intensas.

Carlos Souza

Carlos Souza

É triste constatar que a humanidade ainda assiste a esses dramas em loop. A fome como arma de pressão é tão antiga quanto a própria guerra, mas nunca deixa de chocar. O vídeo de Evyatar David é um lembrete doloroso daquilo que o homem é capaz de fazer com o sofrimento alheio. Enquanto isso, o mundo assiste, impotente ou indiferente, enquanto a espiral da violência continua.

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