Energia elétrica vs cultivo de maconha: uma guerra silenciosa

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Em umbral da privacidade e do uso de tecnologia, a cidade de Sacramento se tornou palco de uma disputa silenciosa entre o governo local e os direitos dos cidadãos. A Electronic Frontier Foundation (EFF) moveu uma ação legal contra a Companhia de Energia Municipal de Sacramento (SMUD), acusando-a de violar a privacidade ao analisar o consumo de energia de seus clientes em busca de sinalizações de cultivo ilegal de maconha.


Uma guerra escondida

Aconteceram casos como os de Alfonso Nguyen e Brian Decker, residentes de Sacramento que tiveram suas casas invadidas pela polícia com base em dados de consumo de energia. Enquanto Nguyen era vítima de um erro judicial por usar uma cadeira de rodas elétrica e equipamentos de climatização especiais, Decker foi acusado injustamente por mineração de criptomoedas. Esses exemplos ilustram como a tecnologia pode ser usada para invadir a privacidade de maneiras drásticas.


Doadores de dados

A SMUD utiliza medidores inteligentes que registram o consumo de energia em intervalos de 15 minutos. Esses dados são analisados para identificar padrões considerados suspeitos, muitas vezes associando altos consumos a atividades ilegais. No entanto, a EFF argumenta que essa prática viola a Constituição e representa um tipo de vigilância em massa.


Perfil racial no consumo

Além disso, relatos indicam que a análise inclui fatores demográficos, como o comentário racista de '4k [kWh], Asian' em relatórios. Dados da EFF mostraram que 86% das propriedades penalizadas eram de proprietários asiáticos, sugerindo um viés racial na aplicação das leis.


Uma lição para o governo

A disputa entre a SMUD e a EFF não é apenas sobre maconha ou energia. É sobre o equilíbrio entre segurança pública e direitos individuais. O governo deve pensar两次 antes de permitir que empresas/utilidades usem dados pessoais para fins policiais, especialmente sem ordens judiciais.

Juliana Rocha

Juliana Rocha

Enquanto o governo brasileiro debate a necessidade de mais segurança, é importante lembrar que a proteção à privacidade não é apenas um direito, mas a base da democracia. Acompanhem o caso e reflitam sobre como querem ver a tecnologia usada no Brasil.

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